Miguel Vieira Gomes
Quem já não passou por uma situação semelhante a essa mencionada na musica de Rita Lee “Flagra”? Muita gente já foi a uma sala de cinema e de repente no meio do filme o projetor de cinema estraga e acaba com o “espetáculo”.
Mas esse problema pode estar com os dias contados, pois já existe uma nova tecnologia para projeção de filmes em salas de cinema, o “Cinema digital”. E essa novidade vem crescendo muito rapidamente. No Brasil já ocupa cerca de 150 cinema dos mais de dois mil existentes.
Segundo José Eduardo Ferrão, diretor geral da Rain Brasil, em entrevista ao programa “Olhar Digital”, a distribuição de filmes pelo modo antigo, a película de 35mm, limita a entrada dos filmes nas pequenas cidades e mais afastadas dos grandes centros do país, e assim chegando com muita demora. Isso faz com que se perca na divulgação usada, pois quando o filme chega às salas já não se tem nenhuma propagando sobre o mesmo. E também quando é reproduzido muitas vezes já estás em cartaz nas locadoras ou em forma de pirataria. E com o cinema digital isso acaba não acontecendo, o filme pode ser lançado simultaneamente no país inteiro.
Outra vantagem do cinema digital é a quantidade de vezes que o filme pode ser projetado. Pois não há material que possa sofrer algum desgaste com o número de vezes em que é exibido. Mas também não será exibido infinitamente para isso existe um determinado contrato entre exibidor, distribuidor e estúdio limitando a quantidade de exibições.
O modo de transmissão digital é simples mais requer alguns procedimentos pelo qual o filme passa antes de chegar à tela. Um software chamado Kino Cast projeta o filme na tela. Mas até chegar nesse software a película passa por uma central gravada em uma fita chamada de HDCam em alta definição, um filme comum com aproximadamente duas horas de gravação pode ter um tamanho de até 800 Giga Bytes que passa por operadores onde eles convertem o arquivo para um mais leve de 10 a 20 GB. E depois disso chega até o software e é projetado nas salas de cinema.
Mas mesmo com toda essa tecnologia, a melhor qualidade ainda continua sendo a película em 35mm. A diferença já não é grande coisa, um “cinespectador” não muito fanático por películas não consegue perceber a diferença existente entre um filme digital e um não digital tão facilmente, só se assistir o mesmo das duas maneiras uma após a outra. O digital perde um pouco na qualidade das cores, também na iluminação e na profundidade de campo.
Mesmo assim o bom e velho cinema, com aquela imagem meio suja e com aquele barulho da “moviola” (projetor de cinema), o qual muita gente gosta, deixara saudades se um dia for extinto definitivamente. Muitos amantes da “sétima arte” não trocam por nada a sensação de estarem em uma sala de cinema "escutando" o filme rodar no projetor e observando os detalhes e imperfeições “benéficas” que na projeção digital irão desaparecer.
Assista a entrevista do diretor geral da Rain Brasil aqui.
Fontes: Olhar Digital; Rain Brasil.
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